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sexta-feira, 25 de abril de 2014

HANIBAL AD PORTAS! - A BATALHA DO TREBIA

Ruínas de Cartago


A SEGUNDA GUERRA PÚNICA – A BATALHA DO TREBIA
Dezembro de 218 a.C., planície do Rio Trebia, arredores de Placência, hoje a cidade de Piacenza, no Vale do Rio Pó, Itália. O acampamento romano estabelecido por ordem de Cipião estava às vistas do exército de Hanibal, posicionado provocativamente para batalha.
(A) Atual cidade de Piacenza - Antiga Placência - nas imediações ficou o Acampamento dos Romanos. (B) Região onde pode ter ficado o Acampamento de Hanibal
Mapa mostra bem a localização dos acampamentos, mas não a correta disposição das tropas. Os soldados de Hanibal não cruzaram o rio.
O que os romanos não sabiam é que 2000 homens, sob comando de Magão, irmão de Hanibal, estavam posicionados na retaguarda, ocultos e aguardando o momento de atacar.
Quando a cavalaria de Hanibal iniciou uma provocação, os romanos cairam na armadilha. O tempo era frio e, para piorar a situação das tropas romanas, seu comandante, o Cônsul Semprónio, ordenou-lhes atravessar o gelado Rio Trebia, antes da refeição. Enquanto isso as tropas de Hanibal estavam alimentadas e aquecidas por fogueiras.
O Rio Trebia do provável ponto de vista das tropas de Hanibal
No horizonte está o Rio Trebia, do provável ponto de vista dos romanos. O clima seria semelhante ao dessa imagem do Google Street View.

Já na travessia do rio os romanos foram duramente atacados e a reação fez com que desperdiçassem muito material. No momento de iniciar o combate, as geladas tropas romanas foram alinhadas no centro, ladeadas pela cavalaria, enquanto Hanibal dispôs seus homens entre os grupos de elefantes, depois as cavalarias e, atrás destas, as infantarias ligeiras.
Os romanos teriam 16 mil legionários, mais 20 mil aliados e sua cavalaria contava com mil efetivos à direita e 3 mil cavaleiros aliados à esquerda. Hanibal teria 20 mil soldados celtas, hispanos e africanos e contava com uma cavalaria de 10 mil efetivos, divididos de fronte a cavalaria romana.
Mapa mostra a correta disposição das tropas, o deslocamento dos romanos e a posição dos reforços de Magão, aqui chamado de Mago Barca.
Quando as cavalarias se enfrentaram, logo no início da batalha, os romanos e aliados debandaram, desprotegendo as laterais de suas tropas, que já se batiam com os inimigos.
Então Hanibal enviou tropas, elefantes e a cavalaria para atacar as laterais desguarnecidas dos romanos. Logo depois Magão avançou para a retaguarda das linhas romanas, cercando completamente os legionários e aliados.
Certamente não eram tantos elefantes, mas foram suficientes para causar grande estrado em meio às legiões.
No centro da batalha os romanos ainda conseguiram romper as linhas de Hanibal, e pensaram ter vencido, mas acabaram massacrados. Ao final do combate Roma perdera entre 15 e 20 mil homens.
A Cavalaria Númida empurra os romanos para as águas do Trebia, onde milhares pereceram.
Derrotado, Semprónio retirou-se com os sobreviventes até Placência, onde recebeu o reforço de Cipião e seus homens e seguiram para Ariminum.
Hanibal acampou no Vale do Rio Pó, com intuito de abastecer suas tropas por intermédio dos celtas e aguardar o fim do inverno.
O historiador Políbio atribuiu a derrota romana à imprudência de Semprónio que, contra o conselho de Cipião, aceitou a provocação de Hanibal, inciando a batalha. Mark Healy, no entanto, afirma que Políbio evitava, a qualquer custo, inclusive em detrimento dos fatos, escrever mal da família de Cipião.
Continua...


Imagens Referenciáveis
http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Trebia
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Battle_Trebia-numbers.svg
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/cavalaria-numida.html
http://www.casteggiohomeitaly.it/project/history-of-casteggio
 

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